Passolargo é fechamento do Frodo. E aqui é nós por nós mermo!!
Eu me lembro das primeiras vezes que vi O Senhor dos Anéis,
clássico do Peter Jackson e dos livros do Tolkien (que só li A Sociedade do
Anel) e muito me chamou a atenção foi a seriedade com a qual trataram o papel
do Aragorn. Achei massa por demais a maneira com a qual trataram um homem que
não quis ser rei (embora fosse e acabou se tornando lá no Retorno do Rei) e
virou um andante, um hunter, um andarilho capaz de desbravar cada floresta,
cada bosque e sair das traps que armam em cada canto. Sua destreza, sua nobreza
– sem precisar da alcunha de rei – tornaram-se um forte alicerce pra encarar as
coisas de um modo mais vida simples, tanto que o nome da firma faz sentido
agora, hehehe... Esse conceito vida simples é algo que tenho batido por
demais nos últimos anos, sempre quando postava algo nos Instagram da vida, a
hashtag #vidasimples chegava junto. Era de fato algo que sempre busquei, afinal
vim de família super simples, de boa, a gente sempre teve o necessário e nada
mais do que isso era necessário pra que fôssemos felizes em plenitude. Quando
comecei a levar isso muito a risca, notei que coisas bem tangíveis me davam uma
total segurança no proceder, no caminhar e na maneira de construir algo sólido,
sonhos, desejos, metas rolando.. tava tudo ali, prontinho pra ser visto,
sentido e degustado. Até que num determinado momento, alguma coisa muito
estranha começou a tomar conta desse espaço e muita coisa ficou fora do prumo.
Olha.. Delicado viu? Muito!
Eu me tornei uma pessoa extremamente obcecada por não errar
na vida. Hahaha.. eu sei que é dureza total tal afirmativa, mas sim gente.. eu
tenho buscado por demais não errar. É impossível? CLARO! Vou errar sempre
(tenho noção disso) e embora deteste, reconhecer isso acredito que seja um bom
início, mas esse fardo tem sido pesado, conduzir pra tirar esse ranço de
perfeccionismo é um desafio absurdo. Eu me encontro numa fase da vida aonde
muita coisa é tentativa/erro e tentativa/acerto. A vida é algo próximo disso,
mas de tempos pra cá, algo ficou ainda mais intenso nesse processo. Diante de
tudo que já pude vivenciar como ser humano, cheguei num estado que preciso
prover outras coisas, foquei mais num cuidado espiritual, foquei mais nas
minhas coroas, na música, nos negócios, em cuidar de quem está próximo (na
medida do possível), na minha linda namorada.. em algum momento, boa parte
disso desandou (ad continuum) e claro, sempre se nutre boas expectativas em
coisas boas..
Péum!
Não lido bem com perdas, com fraquezas, me isolo, fico de canto
porque penso que parte do que sinto, as vezes, tem que ser sentida por mim. Não
falo, guardo muita coisa e a intensidade de um sagitariano com ascendente em
sagitário e lua em peixes (sim, só choro, faço drama exagerado) me rasga por
inteiro. É engraçado, haha... mas de fato não tem do que rir.
Aí que entra o meu ego. Eu, me, myself and I no blindão,
rasgando o que puder pela frente pra manter a engrenagem em movimento, só que
parte de tudo isso funciona no automático, no feeling que boa parte das vezes
não vale de muita coisa se o prumo do coração, da razão e da leveza não tem
feeling, saca? É tipo os rap do Costa Gold.. até toca, é até rap.. mas num é
saca? Hahaha.. Eu tenho andado numa onda de ser rude com a vida, com quem ta
próximo, com quem estende a mão. Eu tenho andado anestesiado diante de um
sentimento puro que norteia meu coração, mas pareço que ando sem sinal, sem ver
a minha localização.. e na pressa do dia a dia, continuo tentando completar a
chamada.
Aquela cena do Retorno do Rei diz muita coisa sobre o
Aragorn e claro, coragem é o que não falta para aquele homem.
A fidelidade, a
força e a maneira com a qual ele diz “Por Frodo” contagia por demais a legião
que o acompanha, mesmo sabendo do gigantesco exército que os espera ali na
frente. Mas o cerne de tudo aquilo que o faz ir para o campo de batalha não é
somente o ato de coragem em si, mas o que move tal ato de coragem.
No caso,
Frodo é o ponto chave. Contudo, arrisco em dizer que o pequeno hobbit é apenas
a personificação de algo que o Passolargo acredita: amor, fidelidade aos seus
fé, entrega, companheirismo.. Frodo é só o veículo para que tudo aquilo se
torne guerra. E claro, sem deixar de buscar pra si a total responsa: de
acreditar muito em si pra fazer algo como aquilo. Ou qualquer coisa. Desde que
o valha. Aliás.. sempre vale. Que o nosso “Por Frodo” seja mais simples de se
entender e se sentir, sem cobranças exageradas ou egos inflados... desarmar-se
pra entrar nesse tipo de guerra pode ser interessante. Por Frodo, por você, por
mim.. Por nós. Sempre por nós!


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